terça-feira, 29 de novembro de 2022
Plano A traz as feridas do holocausto abertas e nos fazem refletir se a vingança é a melhor solução.
domingo, 6 de novembro de 2022
Arthur Moreira Lima mostra que a música é para todos
Mais de 1 milhão de pessoas em mais de 500 cidades do Brasil. Foi assim que entre 2002 e 2018 o pianista Arthur Moreira Lima resolveu, após ter rodado toda a Europa, levar seu piano e a música a pessoas que, muitas vezes, sequer haviam visto um piano.
É acompanhando essa incrível jornada que o documentário Arthur Moreira Lima - um piano para todos, que estreia nos cinemas no próximo dia 10 de novembro, mostra o quão simples esse renomado e premiado pianista é.
Com um caminhão teatro e sua música clássica, Arthur Moreira Lima leva música a todos gratuitamente.
Arthur que sempre deu a vida para tocar piano, rodou o mundo se apresentando em grandes concertos para pessoas que se dizem entendidas em música clássica, deixa para trás o luxo das grandes salas e se preocupa em fazer com que as classes mais baixas também tenham cultura e coisas de qualidade.
Durante 87 minutos somos a câmera que acompanha Arthur e sua equipe. Andamos em meio à lama, pegamos balsa e admiramos os olhares atentos de quem nunca ouviu Mozart, Chopin ou Tchaikovsky.
São olhares vidrados e apaixonantes. Olhares de quem se deixa levar pela música clássica e se deslumbra com as mãos ágeis de Arthur que dedilham com destreza e suavidade as notas mais graves e agudas, de concertos escritos há mais de um século e que, nos dias de hoje, trazem tanto alento.
Como ele mesmo diz, sua profissão, hoje, é ser Arthur Moreira Lima. Seu concerto ao ar livre se assemelha a uma missa campal e, assim como na vida e nas narrativas, a música também tem seus pontos culminantes e diferente de pessoas poderosas que acham que o pobre se satisfaz com uma laranja podre, Arthur lhes entrega um banquete digno de grandes castelos e mostra que a música alimenta a alma e é para todos.
Em pleno 2022, A Mãe nos revela que a ditadura não acabou.
Valdo é um adolescente que cursa o ensino médio, faz rap e sonha em ser jogador profissional. Não gosta dos estudos já que num mundo tão desigual tem que sobreviver de alguma forma.
Ambos são frutos de uma sociedade injusta, de um governo que não se preocupa com o pobre e de uma população que idolatra a milícia e a extinção dessa parcela pobre da população.
Podíamos aqui estar apenas falando de ficção, mas a gente sabe que o enredo de "A mãe, filme dirigido por Cristiano Burlan e que estreia nos cinemas no próximo dia 10 de novembro, extrapola o fictício e nos mostra que em pleno 2022 a ditadura militar permanece em forma de uma polícia que discrimina, tortura e mata, pois é essa a solução que muitos veem para acabar com a miséria que está cada vez maior e mais presente em nosso país.
Vencedor de vários prêmios no Festival de Cinema de Vitória, "A mãe"traz Marcélia Cartaxo como Maria, numa atuação comovente e que mostra o quão é sofrido viver no Brasil dos dias atuais.
O que acontece com Maria acontece diariamente nas periferias brasileiras. Mães procuram seus filhos e tentam entender o porquê vidas são ceifadas tão precocemente e o porquê não há igualdade e oportunidades para todos.
A câmera de Cristiano Burlan é observadora, parece estar sempre à espreita e faz com que imaginemos o teor do bilhete escrito por Valdo antes de sair para não voltar mais e o que ele levava dentro da mochila que faz com que a polícia militar resolva executá-lo.
"A mãe"é um filme duro, podia até mesmo ser documental e mostra que mesmo quem está dentro da comunidade é pressionado pelos chefões que dizem proteger o lugar e fora dele nem a polícia civil e nem a militar ampara quem é pobre, negro, marginalizado.
Há de se demorar muito para se ter um mundo mais igualitário, justo e o filme de Burlan só mostra que essas pessoas vivem sob o medo e que muitas vezes o som do cotidiano são ofuscados pelas batidas fortes do coração acelerado que não tem um minuto de paz e serenidade, pois assim como o poeta já nasce com a palavra dentro dele, o pobre já nasce com um destino injusto traçado e poucos são os que conseguem se livrar desse destino.
"Criaturas do Senhor" traz Paul Mescal e Emily Watson em discussão sobre abuso e maternidade.
Se você é mãe está lendo este texto, o que você faria para defender o seu filho? Acredito que muitas aqui responderiam a essa pergunta dizen...
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