Um cara bonitão, inteligente, extremamente ágil com as contas, capaz de memorizar os números de um cartão de crédito em segundos. Um hacker que lembra a personagem Neo, de Matrix e, talvez por isso, a gente pense estar diante de um novo Matrix.
Dark web: Cicada 3301, dirigido por Alan Ritchston, que estreia hoje exclusivamente na Claro TV e nas demais plataformas digitais (Vivo Play, Google Play, AppleTV e Microsoft Movies & TV) no próximo dia 13 de outubro, conta a história de Connor, um atendente de bar que, a partir da insolência de um cliente, que deixa uma gorjeta para a garçonete de U$ 0,50, resolve se vingar entrando com os dados desse cliente na web e, a partir disso, cai numa espécie de máfia denominada Cicada 3301 e, então, resolve investigar com a ajuda da bibliotecária Gwen e de seu melhor amigo, Avi, até ser pego e julgado pelo que fez.
A proposta do filme é interessante. Mostrar um pouco do que se trata a deep web e as organizações que existem por trás desse universo obscuro, porém, o diretor Alan Ritchson, que é famoso por sua atuação em séries como Smallville e Reacher, não sabe ao que veio e nem exatamente o que quer.
Não há ligação do almofadinha arrogante da gorjeta de U$ 0,50 com a Cicada. O longa começa como um filme de ação e, em várias cenas de assuntos que deveriam ser sérios, ele coloca piadas fora de hora, em sua maioria de cunho sexual como a mentira que ele inventa dizendo que os agentes da NSA queriam estuprá-lo em frente de sua vizinha criança e esses mesmos agentes mais parecem ter saído de um filme dos Trapalhões do que realmente serem pessoas que vão dar fim a esse universo digital criminoso.
O próprio personagem Connor é um cara que tem um trabalho, mas não tem dinheiro para pagar o aluguel, porém, não se sabe como, pega um avião e voa para Londres para participar de uma festa da Cicada 3301. Tudo é irreal e inverossímil.
Connor é um cara todo preocupado e defensor da colega de trabalho, cuida da vizinha pequena, paga de bom moço, mas em momento de extrema tensão e perigo iminente, pergunta à companheira de aventura, Gwen, se ela é realmente lésbica.
Enfim, é um filme com roteiro fraco, cheio de buracos, esteticamente muito bem feito, que quer imitar Matrix com diálogos que remetem ao coelho branco, tenta ser 007 - sem tempo pra morrer na cena do olho e da festa, tem como temática um assunto bem interessante, mas que deixa várias pontas soltas e que mostra que o crime compensa, pois não só a Cicada era uma organização criminosa quanto as pessoas que julgam Connor e querem o fim da Cicada estão envolvidas até o pescoço com a corrupção.
Contudo, é um bom passatempo para quem quer esvaziar a mente depois de uma semana cheia e quer assistir a um filme repleto de muitos absurdos e muita ação, com piadas sem graça e muitos efeitos especiais.
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