Liam Neeson, Jessica Lange, Diane Kruger e direção de Neil Jordan, diretor de Traídos pelo Desejo e Entrevista com o Vampiro.
Quando a gente vê o peso desse elenco e da direção, logo pensamos no grande filme que estará na tela diante de nós, pois bem, a frustração é grande, bem grande.
Baseado no romance The Black-Eyed Blonde, de John Banville, "Marlowe" ou "Sombras de um Crime", que estreia nos cinemas brasileiros em 30 de março, é um suspense noir que se passa em Los Angeles no final dos anos 30 e conta a história de um detetive (Liam Neeson) contratado por uma bela e rica mulher (Diane Kruger) para investigar a morte de seu amante (François Arnaud) que ela supõe estar vivo.
Claro que em se tratando de uma investigação e de elementos neo-noir, Neil Jordan até que o faz muito bem. O efeito amarelado das cenas, ambientações escuras e figurino que remete à época são bem trabalhados, mas a história em si é cansativa e se perde em meio a tantos diálogos intermináveis.
O espectador fica, num primeiro momento, interessado em saber se Nico Peterson (François Arnaud) está ou não vivo e se interessa em descobrir o porquê de ele ter se afastado de sua amante, mas a impressão que se tem é que há muito falatório para se chegar a lugar algum.
Até mesmo a personagem de Jessica Lange é mal aproveitada, pois, a não ser a grande semelhança física entre ela e a filha (Diane Kruger) o papel dela é quase que insignificante, mesmo o Liam Neeson (Phillip Marlowe) por mais que seja o protagonista da história, não difere de outros papéis que ele já fez.
É um filme fraco e cansativo, com um elenco de peso que não sustenta o filme, com uma história de detetive que deveria entreter, mas se perde e cansa e mesmo querendo usar da metalinguagem (o cinema falando do próprio cinema) não atrai.




