Nem todo filme de terror é igual. Tem sangue, morte, susto a valer e "Skinamarink; canção de ninar" está aí pra provar que o terror não precisa ser explícito pra causar medo, ele pode estar em nossas mentes e ser ainda mais assustador.
"Skinamarink: canção de ninar", que estreia nos cinemas no próximo dia 23/03, é dirigido por Kyle Edward Ball é diferente de todo o tipo de terror que você já possa ter assistido.
Com câmera em sua maioria estática, diálogos quase inexistentes, o filme tem cerca de 1h30 e, por mais parado que seja, pra mim, é como se ele tivesse apenas 20 min. Tudo é totalmente inesperado. Não vemos as personagens, um local inteiro, tudo é fragmentado, escuro, com imagens que parecem ter sido filmadas por uma câmera Super-8.
Segundo sinopse, que se não existisse, mal saberíamos do que se trata, uma menina de seis anos e seu irmão de quatro anos acordam uma manhã e descobrem que todas as portas e janelas dentro de sua casa desapareceram. Os pais também desapareceram e elas se encontram completamente sozinhas em casa, acompanhadas, apenas, de seus brinquedos e de uma TV que passa desenhos clássicos.
São recortes da TV, do ambiente que estão, de pecas de lego espalhadas pelo chão o que vemos. Tudo o que acontece é extra campo. O som é perturbador e o que nos assusta é a nossa imaginação, de pensarmos o que aconteceu naquela casa, o que de sinistro acompanha aquelas crianças e o que acontecerá a elas.
O aflitivo do filme é justamente imaginar o que vai acontecer, é esperar por algo que não acontece, a não ser em nossas mentes, ou seja, ao mesmo que não dá medo, dá muito.
Pra quem procura algo diferente de tudo do que já viu, é uma boa pedida.

Nenhum comentário:
Postar um comentário